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AMOR
Disseram-me ontem, que hoje se comemora o Amor.
...Estranho...não sei o que isso é.
Eu festejo o Amor em cada dia novo, logo pela manhã quando
o sol me cumprimenta, ou a chuva me abençoa.
Eu festejo o Amor,
Em cada passeio que dou contigo,
Em cada sorriso que cruzo,
Em cada passo que a vida dá!
Não, não me esqueci do teu pedido...mas ainda assim,
acho estranho.
Pergunto-me o que é isso de comemorar o Amor...
Certamente, estranha serei eu, que não encontro definição.
Eu sou assim...desculpem lá!
Eu não sou jura eterna que não se cumpre,
Não sou fidelidade que trai,
Nem palavras que se dizem mil vezes,
Como se da primeira se tratasse!
Ah, o Amor!
Que palavra bela que se assinala por decreto!
Eu sou amante do tempo,
Eu sou gente do momento,
Eu sou sorriso que anda de mão em mão,
Que te ama hoje e amanhã não!
O Amor...ah, que palavra sábia!
Festejo-o sempre que sou livre,
De usar ou descartar um pensamento, uma emoção,
De cuidando não magoar,
Dizer que sim ou que não!
Sou mulher do medo que se passeia em cada silêncio teu,
Sou corpo que se entrega a quem quiser,
Porque o deleite é meu!
Sou voz que liberta um grito ou uma canção,
Sou mãos que se encontram com um amigo ou com um ladrão,
Que se dá em contra-mão!
Sou, tal como tu um pedaço de prazer,
Num momento eterno que o teu corpo vai levar,
Sou vento que vai passar, lágrima que há-de secar,
Sou menina que vai brincar...
Espera, agora percebi...
Sim sou eu,
A mulher que te sabe amar!
Maria Seabra, Lisboa
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