quarta-feira, 29 de junho de 2011

OS ANOS DA PROLES WALL

OS ANOS DA PROLES WALL - Em 1984 Paula Rego foi convidada a participar na exposição colectiva Nineteen Eighty-Four preparada pelo Camden Arts Center para assinalar a edição do livro homónimo de George Orwell, que em 1948 tinha escrito um...a poderosa utopia crítica para um futuro próximo. A artista prepara uma pintura de grandes dimensões que designa por Proles Wall, resgatando para a narrativa a designação usada pelo escritor para se referir a proletariado mas sobretudo a complexa estrutura de tensões e relações de poder reveladas numa sociedade autoritária e auto-vigiada, agora revista de modo pessoal e transformador na compulsão do desenho.

Proles Wall encerra e recomeça um novo ciclo de trabalhos na produção de Paula Rego. Culmina a série das Óperas, construídas em grande escala a partir dos libretos nos primeiros anos da década de oitenta, numa obra de dimensão impar que une o sentido da obra literária que lhe serviu de base ao seu olhar atento e crítico sobre a sociedade contemporânea. E projecta novos trabalhos como as séries Dentro e Fora do Mar ou Vivian Girls, soluções narrativas densas de personagens e enredos truncados em que a cor surge intensa, directa, como elemento constitutivo do desenho e da composição.

Esta exposição, a terceira temporária dedicada a Paula Rego, assenta na presença axial de Proles Wall, um conjunto de 10 painéis da Colecção do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, colocada em diálogo com obras da Casa das Histórias.

http://www.casadashistoriaspaularego.com/pt/

sexta-feira, 24 de junho de 2011

António Pedro - 7 Poemas dimensionais

" Da minha Janela..." - António Pedro

António Pedro - Aparelho Metafísico de Meditação - 1935

" ANTI - ISTO:... " - António Pedro - 1936

António Pedro - Óleos sobre Tela - 1944, 1939 e 1936



www.cidadevirtual.pt/cdl

António Pedro - Intervenção artística em Caminha



Criação de Painel de Azulejos, decoração da fachada e de interiores para o BAR DO JOÃO, uma intervenção artística de pendor cultural, marcante no panorama local, assinada por António Pedro em 1955.
Desde há vários anos preservada devido ao proprietário da Garrafeira Baco que por sua iniciativa preservou e estima a obra em referência.

A CDL e o seu director que esteve na inuguração desta obra, uma vez que seu pai era amigo de António Pedro, não podiam deixar de contribuir com este clip vídeo para situar melhor a magnifica exposição e em particular o seu catálogo, patente na Galeria Municipal de Caminha que convidamos a visitar. Na edição do JL de 30 de Dezembro 2009 - A ler - "Carta Persa" de José Augusto França que para além da evocação pessoal dadas as relações muito próximas e a colaboração que mantiveram no plano artístico sublinhadas, no que se refere a esta intervenção, pelas visitas de JAF a Moledo nos anos 50 e ainda poema não publicado denominado "Romance da Móia Móia, escrito para cantiga de cegos em Setembro de 1951.
No clip Foto de António Pedro por Fernando Lemos e desenho por António Dacosta.

António Pedro da Costa (Cidade da Praia, 9 de Dezembro de 1909 — Moledo, Caminha, 17 de Agosto de 1966) foi um encenador, escritor e artista plástico português.
Frequentou o Instituto Nuno Álvares, da Companhia de Jesus, em La Guardia, após o que ingressou na Universidade de Lisboa, tendo frequentado a Faculdade de Direito e a Faculdade de Letras, não concluíndo nenhum dos cursos. Foi para Paris, onde chegou a estudar no Instituto de Arte e Arqueologia da Universidade de Sorbonne.
Com uma forte ligação ao teatro, foi director do Teatro Apolo (Lisboa) em 1949 e director, figurinista e encenador do Teatro Experimental do Porto entre 1953 e 1961. Entre 1944 e 1945, foi crítico de arte e cronista da BBC em Londres.
Percursor do movimento surrealista português, na década de 1940, ao lado de Mário Cesariny, integrou a I Exposição Surrealista em Lisboa. Viveu os últimos anos em Moledo, uma praia junto a Caminha.
Grande parte da sua obra como pintor perdeu-se aquando dum incêndio no seu atelier.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Hijo de la Luna...Vanessa Mae

“clientes reais”

http://ressabiator.files.wordpress.com/2011/06/mj.jpg


"Uma das queixas recorrentes entre os designers é que o ensino, a crítica e a história do design dedicam demasiado tempo ao “design feito para designers”, aos grandes nomes que não fazem trabalho para o “mundo real”, para “clientes reais”, etc. Em alternativa, dever-se-ia promover o trabalho comum: embalagens de detergente e não cartazes de teatro; folhetos de supermercado e não genéricos de filmes.


Um dos argumentos para esta inversão de prioridades seria o facto de ser mais difícil trabalhar para um “cliente real” do que para um cliente da cultura, supostamente mais esclarecido e mais aberto a um design mais experimental.

Até seria um bom argumento se não fosse mais difícil e arriscado trabalhar para a cultura e para o estado do que para clientes com menos visibilidade, onde o trabalho do designer pode ser anónimo, em especial se correr mal. Por cada João Faria, Martino & Jaña, Barbara Says ou R2, há dúzias de designers que trabalham para clientes culturais e que simplesmente não dão conta do recado. Até podem ganhar bateladas de dinheiro com isso, mas se a coisa dá para o torto, estão a receber o salário em troca da sua credibilidade entre os seus colegas.

Para além disso, a cultura é uma área onde os clientes têm quase sempre opiniões fortes sobre a comunicação visual, o que até pode tornar as coisas mais fáceis, mas em geral só torna a discussão mais difícil. É também uma área com dificuldades orçamentais recorrentes onde o design é sempre das primeiras coisas a serem cortadas – e se um designer é bom, deveria ser mais caro, mas então já não há dinheiro para lhe pagar e se calhar contrata-se outro.

Assume-se erradamente que fazer “design para designers” é uma aposta sempre ganha, mas trabalhar numa área com tanta visibilidade é, na verdade, mais difícil e competitivo."

via

http://ressabiator.wordpress.com/

The dark genius of Caravaggio

Mireille Mathieu - Comme d'habitude ( My way )

segunda-feira, 20 de junho de 2011

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Samba



“A gentleman is one who puts more into the world than he takes out.”

George Bernard Shaw


Alexa Meade é uma artista de 24 anos que incorpora fotografia, pintura, instalação e performance no seu trabalho. Ela desenvolveu uma abordagem para o retrato que envolve pintura diretamente em cima dos seres humanos num estilo que opticamente comprime o espaço 3D em um plano 2D.

http://www.pondly.com/2011/04/ody-painting-by-alexa-meade/

http://themightypencil.tumblr.com/

http://themightypencil.tumblr.com/post/5195008566/piktografika


http://www.flickr.com/photos/piktografika/5679344836/


http://wn.com/Ensaio_sobre_a_recess%C3%A3o

https://sites.google.com/site/atestemunhadejeova/home


https://sites.google.com/site/atestemunhadejeova/home/o-homem

terça-feira, 14 de junho de 2011

Nigel Kennedy- Jovano Jovanake

Impro in Ljubljana



Extract of an improvisation with harp player Eduardo Raon, presented at the Slovenska Kinoteka, in Ljubljana, on May 24 2011.



https://www.youtube.com/watch?v=1GAtA5GTjNU&feature=player_embedded

sábado, 11 de junho de 2011

Aula de Arte

http://www.auladearte.com.br/

Van Eyck

http://historiadaarte.pbworks.com/w/page/18413935/Van-Eyck

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2008/08/29/pintura-adoracao-do-cordeiro-mistico-de-jan-van-eyck-123092.asp

Painéis

"A finalidade deste livro é provar que os Painéis de S. Vicente são uma charada intencional e, marginalmente, indicar a solução dessa charada. Divide-se em três partes e a mais importante é a primeira, onde se trata dos problemas de composição geral e das anomalias locais que cobrem a superfície dos seis painéis. A nossa própria solução para a charada não é o que mais importa, embora ela se nos afigure como inevitável. O que importa é que qualquer discussão sobre os verdadeiros painéis refira o que lá está, em vez de os trocar pelas versões inócuas ou involuntariamente falseadas que permitem discutir uma pintura de olhos fechados ou na ausência da mesma.
Porquê o espaço obscuro do painel dos Frades? Porquê as duas varas que parecem uma? Porquê as mangas desiguais da dama vermelha? Porquê o barrete fendido em duas metades? Porquê a cruz partida ao pescoço do cavaleiro roxo? Porquê tantos disparates concentrados num só políptico? Porquê tantas anomalias sem paralelos iconográficos? Existe mais algum S. Vicente como este? É este o tipo de perguntas que conduz à verdade, e é este o tipo de debate que deve ser retomado, até que a luz se faça
."


http://paineis.org/Cordeiro_ab.htm


http://paineis.org/INDICE.htm

Edith Piaf- Fais comme si 1957



" Les amants de demain" 12/1957 & 01/1958

Mano Solo Fais comme si



Fais comme si

Fait comme si, mon amour
Fait comme si on s'aimait
Et qu'un jour
Pour rien qu'un jour
Et si l'amour c'était vrai
Fait comme si, mon amour
Fait comme si on pouvait
Mon amour, mon amour
S'aimer à tout jamais
Fait comme si

En fermant mes bras mes bras sur moi
Je m'évade un peu
Et croyant que je suis dans tes bras
Je revois tes yeux

Fait comme si, mon amour
Fait comme si on s'aimait
Et qu'un jour
Rien qu'un jour
Et si l'amour c'était vrai.....

Fait comme si, mon amour
Fait comme si on pouvait
Mon amour, mon amour
s'aimer à tout jamais
Fait comme si

Museo Thyssen-Bornemisza

http://www.museothyssen.org/en/thyssen/home

sábado, 4 de junho de 2011

O Elefante -Carlos Drummond de Andrade por Paulo Autran

“amanhã recomeço”

Talvez estejamos vivendo a situação do elefante, em que Drummond amava se disfarçar, que saía à procura “de seres e situações patéticas, encontros ao luar no mais profundo oceano”; mas se queixava de que não o queriam ver, nem ouvir, pois “os homens só ousam mostrar-se à pálpebra cerrada, sob a sombra das cortinas”.

Reconhecendo a frustração de sua tentativa, o poeta, disfarçado de elefante, recomenda-nos o que fazer, apesar das dificuldades, resistências, limitações e da natureza interminável de nossa tarefa: “amanhã recomeço
”.


Referências Bibliográficas:

DRUMMOND DE ANDRADE, C. (1956). 50 Poemas, Ministério da Educação e Cultura, Rio de Janeiro.





O Elefante

Fabrico um elefante
de meus poucos recursos.
Um tanto de madeira
tirado a velhos moveis
talvez lhe dê apoio.
E o encho de algodão,
de paina, de doçura.
A cola vai fixar
suas orelhas pensas.
A tromba se enovela,
e é a parte mais feliz
de sua arquitetura.
Mas há também as presas,
dessa matéria pura
que não sei figurar.
Tão alva essa riqueza
a espojar-se nos circos
sem perda ou corrupção.
E há por fim os olhos,
onde se deposita
a parte do elefante
mais fluida e permanente,
alheia a toda fraude.
Eis meu pobre elefante
pronto para sair
à procura de amigos
num mundo enfastiado
que já não crê nos bichos
e duvida das coisas.
Ei-lo, massa imponente
e frágil, que se abana
e move lentamente
a pele costurada
onde há flores de pano
e nuvens, alusões
a um mundo mais poético
onde o amor reagrupa as formas naturais.

Vai o meu elefante
pela rua povoada,
mas não o querem ver
nem mesmo para rir
da cauda que ameaça
deixá-lo ir sozinho.
É todo graça, embora
as pernas não ajudem
e seu ventre balofo
se arrisque a desabar
ao mais leve empurrão.
Mostra com elegância
sua mínima vida,
e não há na cidade
alma que se disponha
a recolher em si
desse corpo sensível
a fugitiva imagem,
o passo desastrado
mas faminto e tocante.

Mas faminto de seres
e situações patéticas,
de encontros ao luar
no mais profundo oceano,
sob a raiz das árvores
ou no seio das conchas,
de luzes que não cegam
e brilham através
dos troncos mais espessos.
Esse passo que vai
sem esmagar as plantas
no campo de batalha,
à procura de sítios,
segredos, episódios
não contados em livro,
de que apenas o vento,
as folhas, a formiga
reconhecem o talhe,
mas que os homens ignoram,
pois só ousam mostrar-se
sob a paz das cortinas
à pálpebra cerrada.

E já tarde da noite
volta meu elefante,
mas volta fatigado,
e as patas vacilantes
se desmancham no pó.
Ele não encontrou
o de que carecia,
o de que carecemos,
eu e meu elefante,
em que amo
disfarçar-me
exausto de pesquisa
caiu-lhe o rastro e genho
como simples papel
a cola se dissolve
e todo o seu conteúdo
de perdão, de carícia,
de pluma, de algodão,
jorra sobre o tapete
qual mito desmontado.
Amanhã, recomeço...

Carlos Drummond de Andrade


http://letras.terra.com.br/carlos-drummond-de-andrade/1005565/

http://www.novasaquarema.com.br/poiesis/80/drummond02.htm

http://www.psiquiatriageral.com.br/educacaomedica/profissao_impossivel.htm

A SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS (6 de 10)



http://littleblakspot.blogspot.com/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Le Mépris (Jean-Luc Godard, 1963) - Part 5



Jean-Luc Godard's subversive foray into commercial filmmaking is a star-studded Cinemascope epic. Contempt (Le Mépris) stars Michel Piccoli as a screenwriter torn between the demands of a proud European director (played by legendary director Fritz Lang), a crude and arrogant American producer (Jack Palance), and his disillusioned wife, Camille (Brigitte Bardot), as he attempts to doctor the script for a new film version of The Odyssey.



http://www.youtube.com/watch?v=aO99_CKQ6mw&feature=related

A Whiter Shade Of Pale - Procol Harum